"Bando cometia os crimes sem o uso de armas e tentou furtar outras 12 agências em MT."
A Polícia Militar prendeu ontem (14), em Barra do Bugres (a 168 km de Cuiabá), sete integrantes
de uma quadrilha especializada em furtar dinheiro de agências bancárias, aproveitando-se
do descuido ou distração de funcionários.
Foram presos Elenir Carvalho de Simões, Paulo Henrique Borges Carvalho, que apresentou documento em nome de André Henrique Alves, 18, Vinicius de Matos de Freitas, Igor Ferreira da
Silva e Mateus Marques de Andrade, 18.
Eles são acusados de tentar levar malotes de mais de 15 bancos de Mato Grosso e conseguir
consolidar o furto em três deles, apenas nos últimos 10 dias.
Segundo as investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, a quadrilha não usa armas e nem emprega violência nas ações e, quando alguém é flagrado em algum ambiente de acesso restrito, dentro do banco, desconversa, dizendo que se perdeu ou está procurando o banheiro.
O bando, conhecido como “Descuidistas”, é monitorado há mais de 10 meses pela GCCO.
Na segunda-feira (13), os policiais conseguiram antecipar a ação dos bandidos e alertar agências e
a Polícia das cidades de Tangará da Serra (239 km de Cuiabá).
No mesmo dia, o grupo tentou roubar dinheiro dos bancos de Comodoro, Sapezal, Campo Novo
do Parecis e Tangará da Serra.
Ao chegar em Tangará, os suspeitos perceberam a movimentação do banco e fugiram em direção
a Barra do Bugres, onde foram presos pela PM, em dois veículos, um Celta e um Siena.
Os suspeitos foram levados para a Delegacia da Polícia Civil de Tangará da Serra e serão autuados
em flagrante pelo delegado da Delegacia de Roubos e Furtos de Tangará da Serra, Vitor Chab Domingues, pelos crimes de formação de quadrilha, furtos, tentativas de furtos e uso de documentos~
falsos.
Ainda estão sendo averiguadas as identidades de Fernando Alves Pereira e Carlos Vinicius Martins de
Andrade.
O delegado chefe da Gerência de Combate ao Crime Organizado, Flávio Henrique Stringueta, acompanha na cidade os interrogatórios. De acordo com Stringueta, o bando vinha agindo nos Estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais.
“É uma prisão importante por conta do prejuízo causado, sem alarde à população, que não percebe a ação da quadrilha, ao contrário do ‘novo cangaço’”, destacou.
Os sete presos estão com documentos falsos e também são investigados em ações semelhantes no
estado de Rondônia. A Polícia Civil está checando as identidades junto ao serviço de inteligência do
Estado de Minas Gerais, possivelmente o estado de origem da maioria deles, principalmente as
cidades de Uberlândia e Ituiutaba.
Outras ações
Segundo o delegado Flávio Henrique Stringueta, somente na semana passada, a quadrilha conseguiu
levar dinheiro das agências de Chapada dos Guimarães, Lucas do Rio Verde e Mirassol D’Oeste.
“Eles agem em sete. Entram na agência como se fossem clientes e aproveitam-se do descuido dos
funcionários para chegar até a tesouraria ou áreas reservada, de onde levam dinheiro sem que
sejam percebidos”, explicou.
Conforme o delegado, na semana passada a quadrilha entrou em nove agências dos municípios de
Dom Aquino, Campo Verde, Chapada dos Guimarães, Lucas do Rio Verde, Colíder, Alta Floresta,
Tabaporah, Peixoto de Azevedo e Matupá. Antes de chegar a Dom Aquino, a quadrilha havia estado
em Pimenta Bueno, em Rondônia.
O delegado informou ainda que a Polícia Civil investiga tentativas de furtos ocorridas nos meses de
abril e fevereiro, na mesma modalidade.
Em Chapada dos Guimarães, a quadrilha levou R$ 90 mil. As agências de Lucas do Rio Verde
e Mirassol D’ Oeste não informaram o montante furtado.
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